DADOS SOBRE VIOLÊNCIA CONTRA BRASILEIRAS NO EXTERIOR SÃO APRESENTADOS EM AUDIÊNCIA PÚBLICA NO SENADO FEDERAL
Daniela Grelin falou sobre a mais recente atualização do Mapa da Violência na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher.
Na terça-feira (26/11), Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Natura, apresentou o novo recorte do Mapa Nacional da Violência de Gênero, que traz dados inéditos sobre a violência contra brasileiras no exterior, durante audiência pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher.
A partir de informações oficiais do Ministério das Relações Exteriores, a mais recente atualização da plataforma revela que mais de 1.500 brasileiras residentes no exterior pediram apoio das autoridades do Brasil para lidar com casos de violência de gênero ou doméstica em 2023. O país que mais registrou casos de violência contra brasileiras foi a Itália, com 350 casos, seguida dos Estados Unidos, com 240 casos; Reino Unido, com 188; e Portugal, com 127. Ao todo, mais de 2,5 milhões de brasileiras residem no exterior.
Violência vicária
Daniela Grelin também citou os dados da chamada violência vicária no exterior, ou seja, a prática de usar os filhos para agredir a mulher. Foram registrados 808 casos de disputa de guarda e 96 casos de subtração de menores no ano passado. “A violência contra as mulheres é frequentemente agravada pelo isolamento e pelo silenciamento das vítimas, e isso é especialmente debilitante para as brasileiras que vivem no exterior”, disse. “Barreiras como a dependência financeira, o status migratório irregular e o desconhecimento dos sistemas locais dificultam o acesso à justiça e à proteção. Esses dados são, portanto, um chamado para ampliarmos o alcance das leis aprovadas nesta Casa, assegurando que se traduzam em políticas públicas eficazes para todas as mulheres brasileiras onde quer que estiverem”, acrescentou.
Para mais detalhes sobre a audiência pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher, clique aqui.
Fonte: Agência Câmara de Notícias