Em 2022, durante a live do Instituto Avon para lançar o Guia de boas práticas em navegação de pacientes com câncer de mama no Brasil, o médico mastologista Dr. Carlos Alberto Ruiz definiu: “A navegação de pacientes é um exercício de amor”.

De lá para cá, a metodologia social que acompanha, acolhe e facilita a jornada da mulher como paciente e a apoia a enfrentar barreiras desde o diagnóstico e ao longo de todo o tratamento teve imensos avanços, como a sanção presidencial da Lei 14.450/22, que criou o Programa Nacional de Navegação de Pacientes para Pessoas com Neoplasia Maligna de Mama, a inclusão da navegação de pacientes como metodologia garantida a todos com neoplasia no Brasil via SUS e a implementação do projeto Navegavon nas regiões nordeste e sudeste do país.

Agora, com o apoio do Instituto Avon e condução do Ensino Einstein, nasce a primeira Escola de Navegação de Pacientes, com capacitação gratuita na metodologia para profissionais de saúde que atuam no Sistema Único de Saúde (SUS), especialmente com pacientes com câncer de mama, de qualquer região do Brasil.

“A Escola de Navegação de Pacientes nasceu com o objetivo de oferecer ferramentas para o início da implementação da metodologia no sistema público de saúde de forma ampliada desde a atenção básica. Esperamos expandir ainda mais o projeto após os resultados da primeira turma”, afirma Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon.

 

Formação online para todo o Brasil

Com aulas ao vivo e gravadas em formato online, a formação trará desde conhecimentos básicos em oncologia até como elaborar um projeto de navegação de pacientes específico para a sua localidade. São 60 vagas disponíveis para a primeira turma, sendo 10 horas de capacitação para médicos e 20 horas para demais profissionais da saúde. As vagas serão oferecidas por meio de parcerias com Centros de Referência e Secretarias de Saúde.

“O participante terá a oportunidade de conhecer o papel do navegador tanto em instituições privadas quanto públicas e ser capacitado para avaliar as necessidades de pacientes com câncer de mama para desenvolver um plano de acompanhamento adequado. Além disso, o curso abordará o apoio em necessidades como agendamento e direcionamento aos centros de tratamento, bem como a instrução de pacientes e suas famílias sobre a doença, reconhecimento dos sintomas e efeitos adversos dos tratamentos, entre outras atividades. A proposta é que, ao final, o profissional esteja apto a implementar a navegação e a gestão da jornada das pacientes com câncer de mama”, explica Lílian Bertozo, Coordenadora da área de Cursos Assistenciais do Ensino Einstein.

 

Navegação como ferramenta para o cumprimento da lei

A legislação brasileira define um prazo de 30 dias para pacientes receberem o diagnóstico em caso de suspeita de câncer, bem como um período máximo de até 60 dias para o início do tratamento após os resultados dos exames. “A metodologia é muito eficiente em garantir mais agilidade para o recebimento do diagnóstico e início do tratamento do câncer, pois contribui para a solução de entraves que costumam surgir durante esses processos, como dificuldades no agendamento de consultas e realização de exames. O acompanhamento personalizado também favorece uma maior aderência do paciente aos cuidados médicos, melhorando o prognóstico dos tratamentos e aumentando a sua qualidade de vida”, conclui Daniela Grelin