Já falamos diversas vezes sobre como mulheres e meninas do Brasil inteiro estão sujeitas a situações de medo. De acordo com a pesquisa Visível e Invisível realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e Datafolha em parceria com a Uber,  nos últimos 12 meses, uma em cada quatro mulheres de 16 anos ou mais sofreu algum tipo de violência. Sabemos que com a pandemia da Covid-19 esse quadro se intensificou, já que as mulheres ficaram confinadas com seus agressores. Por isso, é importante reforçar uma das formas de identificar como isso acontece.

 

Saber quais são as fases do ciclo da violência é uma ferramenta valiosa para entender como e quando intervir.  Mais que isso: é o primeiro passo para tentar entender as necessidades dessa mulher e identificar maneiras de ajudá-la, sempre evitando julgamentos em relação a história que será contada por ela.

 

Segundo a diretora executiva do Instituto Avon, Daniela Grelin, “o acesso às informações é o que faz a diferença quando falamos do enfrentamento das violências contra as mulheres e meninas. A partir do momento em que elas passam a identificar os tipos de violência e a saber q quem procurar ou aonde ir, temos aí o início da jornada de libertação.”

 

Por isso, o Instituto Avon reforça como acontece o ciclo da violência – para que toda mulher saiba identificar o momento em que estiver vivenciando ele e, aí, poder agir e sair dele.

 

Você conhece quais são as fases do ciclo? Se não, a gente explica:

 

1ª Fase: Acontece o aumento da tensão, quando a mulher em situação de violência tenta evitar o comportamento abusivo;

 

2ª Fase: As violências em si, sejam elas psicológicas, morais, patrimoniais, sexuais ou físicas  passam a acontecer de diferentes formas, gerando um nível de tensão cada vez mais alto;

 

3ª Fase: Existe uma aparente “lua-de-mel”, com pedidos de desculpas e arrependimentos do agressor, que promete sempre mudar.

 

Depois disso, o ciclo começa novamente. E pode ficar cada vez mais crítico, chegando ao ponto em que essa mulher, aos poucos, perca a sua capacidade de reagir, acreditando assim que não conseguirá sair do relacionamento. Por isso, a importância de conhecer ferramentas que possam auxiliá-la a sair dessa situação.

 

O Guia do Relacionamento Saudável

O Instituto Avon quer despertar a consciência sobre relacionamentos saudáveis ao incentivar a conversa, compartilhar conhecimento, estimular a ação e fortalecer a rede de apoio a mulheres e meninas.  Por isso investimos na produção de conteúdos relevantes que possam ser compartilhados com cada vez mais pessoas, contribuindo para o avanço da causa e a disseminação de informações.

O Guia de Bolso para Relacionamentos Saudáveis é um ótimo exemplo desse portfólio de materiais informativos. Desenvolvido em 2019, ele tem o intuito de ajudar milhares de mulheres e meninas a reconhecer as várias formas de violência e quais são os recursos que podem ser acessados, trazendo um diferencial de sete elementos importantes que devem ser observados em uma relação saudável. Para conferir:

https://institutoavon.mkt.tools/relacionamentossaudaveis

 

E, lembre-se. Se você estiver sofrendo abuso, entenda:

- A culpa não é sua.

“É essencial deixar claro que a culpa nunca é da vítima, ou seja, da mulher em situação de violência e que ela, além de recorrer à sua rede de apoio, pode ainda procurar ajuda e orientação nos canais de atendimento que oferecem assistência especializada a mulheres em situação de violência e nos órgãos públicos”, afirma Daniela Grelin.

 

- Você está passando por uma situação de violência ou quer ajudar alguém que esteja? - Adicione a Ângela no whatsapp (11) 94494-2415, nossa amiga virtual, que é especialista no enfrentamento às violências contra mulheres.

 

- Você também pode usar o serviço do Ligue 180, a Central de Atendimento à Mulher que presta escuta e acolhida qualificadas, além de realizar os encaminhamentos das denúncias.

 

- Denuncie o abuso quando se sentir preparada.