Na noite de domingo, 30 de março, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, se iluminou para anunciar uma importante iniciativa em prol de uma sociedade mais igualitária, justa e segura: a Aliança do Esporte pela Vida de Mulheres e Crianças.

 

O ponto de partida para a criação da aliança, que tem Avon e Instituto Natura como patrocinadoras, foi a pesquisa Violência Contra Mulheres e o Futebol, idealizada e encomendada pela Avon ao Fórum Brasileiro de Segurança Pública em 2022 para demonstrar a intensa associação entre homens, esportes e violência.  O estudo inédito analisou bases de dados de violência com informações de todos os dias de jogos do Campeonato Brasileiro da série A, entre 2015 e 2018, em cinco capitais brasileiras. Para saber mais, acesse o infográfico ou a  pesquisa completa.

 

A iniciativa do Consórcio Cristo Sustentável, junto aos comitês Olímpico e Paralímpico do Brasil, à Confederação Brasileira de Futebol, à Confederação Brasileira de Voleibol, à OAB-RJ, à organização Black Sisters in Law e à Secretaria Municipal de Esportes do Rio de Janeiro, tem o objetivo de mobilizar entidades esportivas, atletas, instituições públicas e empresas privadas com o objetivo de combater a violência contra mulheres e proteger a integridade de crianças e jovens, ao utilizar o esporte como ferramenta de transformação social e promover a igualdade de gênero e a inclusão.

 

“A criação da Aliança Esportiva pela Vida das Mulheres e Crianças representa um passo fundamental na construção de um ambiente mais seguro e inclusivo para todos. O esporte deve ser um espaço de acolhimento, respeito e oportunidades, mas a realidade ainda nos mostra desafios urgentes a serem superados. Com essa Aliança, reafirmamos nosso compromisso em usar o esporte como um agente de transformação social, promovendo mudanças significativas dentro e fora das quadras, campos e arenas”, ressaltou Silvia Gonzaga, coordenadora de projetos sociais do Consórcio Cristo Sustentável.

 

A proposta da Aliança se inspira em exemplos como o compromisso firmado na Eurocopa Feminina de 2025, em que entidades esportivas e a sociedade civil mostraram como o esporte pode ser um aliado decisivo na luta pela equidade de gênero e contra a violência que afeta mulheres e crianças. A comissão executiva da Aliança terá a responsabilidade de desenvolver e implementar um plano de ação alinhado aos grandes eventos esportivos que o Brasil sediará nos próximos anos, como a Copa do Mundo Feminina. Entre as ações previstas estão campanhas de conscientização, seminários, pesquisas e diretrizes para que o esporte seja um indutor de conscientização, mitigação de casos e apoio às vítimas. O objetivo é criar um movimento nacional envolvendo diversos setores da sociedade, garantindo que todos desempenhem um papel ativo na luta por um futuro mais seguro e igualitário.

 

“Este movimento colaborativo nasce como um catalisador potente de compromissos e ações convergentes por parte das instituições fundadoras, entendendo que o esporte é e sempre foi, além de um grande espetáculo, importante formador de valores, vetor de transformações sociais e uma incomparável plataforma de comunicação. Ele coloca em evidência o nosso melhor potencial para a construção de uma sociedade mais justa, mais pacífica e mais respeitosa”, disse Daniela Grelin, porta-voz da Aliança do Esporte pela Vida de Mulheres e Crianças.

 

A celebração teve a iluminação cor de rosa do monumento ao Cristo Redentor, com a presença de atletas do Time Rio Olímpico e Paralímpico, bem como da Seleção Brasileira de Futsal Feminino Sub13, em um gesto simbólico de apoio à causa e de união na luta por um mundo mais seguro para mulheres e crianças.

 

“O esporte tem o potencial de ser uma ferramenta poderosa de transformação social, capaz de construir um futuro mais igualitário e livre de violência. Pesquisas, como o estudo “Violência Contra Mulheres e o Futebol”, destacam uma realidade alarmante: em dias de jogos, os casos de lesão corporal dolosa aumentam 20,8%. Diante disso, é fundamental que homens - sejam eles atletas, dirigentes, patrocinadores e apoiadores das mais diversas práticas esportivas - assumam a responsabilidade de se posicionarem ativamente contra qualquer forma de abuso e violação. A transformação real começa com um compromisso público, criando ambientes mais seguros e respeitosos nos espaços esportivos”, explicou Beatriz Accioly Lins, Líder de Políticas Públicas em Direitos das Mulheres do Instituto Natura.

 

138 anos colocando as mulheres no centro

A iniciativa corrobora o compromisso da Avon em promover, há 138 anos, o empoderamento feminino por meio da liberdade financeira e o acesso a informações sobre sua saúde e seus direitos, conectando milhões de mulheres entre si e a uma vida com mais oportunidades. Esse legado de 20 anos de atuação nas causas da mulher é perpetuado hoje pelo Instituto Natura, que realiza campanhas e projetos voltados ao cuidado com a saúde das mamas e o fim da violência contra as mulheres, como a Ângela, assistente virtual que oferece apoio e orientação gratuitos a mulheres em situação de violência doméstica por meio do WhatsApp (11) 94494-2415.

A data de lançamento, 30 de março, marca um novo capítulo na história do esporte brasileiro e mundial, com um olhar atento e comprometido à construção de um futuro mais justo para todos.