NO CONGRESSO TODOS JUNTOS CONTRA O CÂNCER, INSTITUTO AVON LIDERA PAINEL E APRESENTA NOVA FERRAMENTA VIRTUAL

Evento marcou o lançamento da plataforma Panorama do Câncer de Mama para acesso de gestores públicos.

O Instituto Avon acredita em projetos multissetoriais e parcerias que se potencializam e levam direitos e acesso a tratamento às mulheres. A pesquisa que apresentamos hoje é um exemplo disso, uma realização conjunta com o Observatório de Oncologia que não se encerra aqui. Ele se concretiza como projeto se, a partir dessa experiência, puder servir como base para que os gestores públicos tomem decisões pautadas nos dados que apresentamos e na plataforma que estamos lançando”, afirmou Renata Rodovalho, coordenadora de Parcerias Estratégicas do Instituto Avon em seu discurso de abertura durante o 9º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer.

O painel “Quem tem peito tem direito”, patrocinado pelo Instituto Avon e mediado por Mariana Ferrão, jornalista especializada em saúde, apresentou os dados atualizados da pesquisa Panorama de Atenção ao Câncer de Mama, realizada desde 2020 pelo Instituto Avon e pelo Observatório de Oncologia, e lançou uma plataforma que poderá ser utilizada pelos gestores municipais para entender quais são os gargalos na jornada das pacientes de câncer de mama para o desenvolvimento de projetos de melhoria. “A gente acredita que para que essas informações pudessem ser democratizadas e para que os gestores e tomadores de decisão pudessem utilizar esses dados, era preciso criar uma ferramenta de fácil acesso, como essa plataforma”, reforçou Renata.

Para o painelista convidado Dr. Carlos Alberto Ruiz, mastologista do Centro de Oncologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, diretor do Departamento de Ações Sociais e Direito da Mulher da SBM e presidente de honra da UNACCAM, “essa ferramenta traz para o gestor uma condição importante de julgamento, de escolha estratégica, para que ele consiga enxergar as grandes desigualdades e possa desenvolver estratégias que ajudem a esclarecer mais precocemente essas questões”.

Os dados da pesquisa, também disponíveis na plataforma, foram apresentados por Nina Melo, coordenadora do Departamento de Pesquisa da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), Movimento TJCC e do Observatório de Oncologia. Ao revelar os números levantados pelo estudo, Nina salientou os impactos da pandemia na atenção ao câncer de mama. “Além da demora para o diagnóstico e dos cânceres de mama serem diagnosticados em estadiamento mais avançado, há ainda uma espera muito grande para o início do tratamento. Tudo isso tem um impacto muito grande nas chances de cura desse paciente”, alertou.

O cenário alarmante do câncer de mama no país foi ratificado por Luciana Holtz, fundadora do Instituto Oncoguia e painelista convidada. “A biópsia é um gargalo muito grave, tem uma dificuldade gigantesca para agendar e para pegar o resultado. De que adianta fazer a biópsia em 30 dias e o resultado sair em 90 dias?”, questionou.

O painel “Quem tem peito tem direito” pode ser assistido na íntegra no canal oficial do Movimento Todos Juntos Contra o Câncer no YouTube.