AUDIÊNCIA PÚBLICA APRESENTA O ESTUDO “VISÍVEL E INVISÍVEL: A VITIMIZAÇÃO DE MULHERES NO BRASIL”

Instituto Avon compôs a mesa de debates sobre o enfrentamento à violência contra as mulheres.

Em celebração ao Agosto Lilás, que marcou o mês de conscientização pelo fim da violência contra a mulher, a deputada Tereza Nelma (PSDB/AL) propôs a realização de audiência pública para apresentação do estudo “Visível e Invisível: A vitimização de Mulheres no Brasil”. O encontro on-line debateu a violência de gênero e os impactos da pandemia e do isolamento social para as mulheres que estão em confinamento com seus agressores.

 

Beatriz Accioly, coordenadora de Pesquisa e Impacto do Instituto Avon, compõs a mesa debatedora, ao lado de Gabriela Silveira, da Uber, e de representantes do Instituto Datafolha e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, responsáveis pelo estudo.

 

Segundo o levantamento feito entre 10 e 14 de maio de 2021, 1 e cada 4 brasileiras afirmam ter sofrido algum tipo de agressão nos últimos 12 meses, durante a pandemia causada pela Covid-19. O tipo de violência com o maior número de relatos é a ofensa verbal, enfrentados por cerca de 13 milhões de brasileiras. O levantamento também confirmou que em relação ao perfil racial, as mulheres negras vivem situações mais elevadas de violência do que as pardas e brancas.

 

“A ausência de dados nacionais centralizados e produzidos com regularidade dificulta a comparação e a análise de políticas públicas baseadas em evidência de monitoramento e avaliação. A sistematização e coleta de dados são essenciais para entender os padrões da violência contra mulheres e planejar políticas eficientes”, afirmou Beatriz Accioly.

 

O Instituto Avon atua no enfrentamento à violência contra mulheres e meninas desde 2008, com foco na produção de conhecimento, articulação e desenvolvimento de projetos e no apoio de iniciativas de impacto transformador e que busquem o engajamento de todos os setores da sociedade para o avanço da causa e empoderamento das mulheres. Durante a pandemia da Covid-19, foram desenvolvidos novos serviços de apoio para atender mulheres e meninas em situação de violência.

 

Um dos projetos é a Ângela, assistente virtual que atende mulheres via WhatsApp e oferece atendimento psicológico, orientação jurídica e transporte gratuito após analisar o grau de risco a que a mulher está exposta. Entre marços de 2020 e março de 2021, o atendimento virtual do Instituto Avon registrou 14 mil acessos. Através da Ângela, elas encontram serviços de apoio psicológico e orientação jurídica, bem como assistência alimentar e indicação de serviços de apoio do Programa Você Não Está Sozinha.

 

“A pandemia trouxe consigo um custo velado que é o impacto na segurança, saúde e bem-estar das mulheres brasileiras. O Instituto Avon com sua extensa rede de parceiros desenvolveu ações emergenciais de alcance nacional para beneficiar milhares de mulheres, com projetos de abrigamento, apoio jurídico e psicológico, orientações sobre saúde e diretos, assistência alimentar, entre outros”, complementou Beatriz.

 

Ela também destacou a relevância do assunto e a importância do tema estar em evidência para o Estado brasileiro e para a sociedade civil organizada. “O lugar de prioridade, para além do discurso, é também o orçamento via políticas públicas, especialmente porque é uma obrigação do estado garantir a integridade e o bem-estar dos cidadãos, mas também a partir de redes e iniciativas encabeçadas pela sociedade civil organizada, seja no setor privado ou no terceiro setor. A responsabilidade é de todos nós. Por isso, o Instituto Avon tem trabalhado para gerar evidencias e números para auxiliar na tomada de decisão”, concluiu.

 

Acesse o conteúdo completo em: https://edemocracia.camara.leg.br/audiencias/sala/2176.